(24/04/20) Servidores da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), pertencentes ao quadro do Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), em colaboração com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), estão desenvolvendo uma ferramenta computacional que facilite o trabalho dos profissionais que atuam nos Centros Integrados de Vigilância em Saúde (Cievs) na identificação de surtos epidêmicos, analisando informações vindas de redes sociais. A proposta é fornecer um sistema computacional de captura de mensagens nessas redes, no qual os profissionais possam filtrar e automatizar as buscas, e perceber uma epidemia se iniciando em algum local do país ou do mundo.
O projeto é coordenado e financiado pela Fiocruz, que irá fornecer gratuitamente a ferramenta desenvolvida aos Cievs. Foi aprovado antes da presença do novo coronavírus no Brasil. A partir da pandemia, decidiu-se que o estudo de caso seria aplicado principalmente em mensagens do Twitter sobre Covid-19, de modo a identificar como a evolução da doença está se dando no país. Os servidores do IEN/Cnen Paulo Victor de Carvalho e Antônio Carlos Mól participam do desenvolvimento do sistema.
O Cievs Nacional, criado em 2005 pelo Ministério da Saúde, é uma rede de centros operacionais destinada a fortalecer a capacidade do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde em identificar precocemente emergências em saúde pública e organizar respostas rápidas e adequadas. Compõe uma rede mundial de alerta e resposta, que inclui o Cievs da sede da Organização Mundial de Saúde, em Genebra (Suíça) e unidades em vários países.
Selecionado no edital Inova II da Fiocruz em setembro de 2019 e aprovado pelo Conselho de Ética da instituição em janeiro de 2020, o projeto tem financiamento de R$ 250 mil e prazo de dois anos.
Reportagem: Valéria Campelo
Fonte: Setor de Comunicação Social (Setcos) do Instituto de Engenharia Nuclear (IEN/Cnen)